sexta-feira, 29 de maio de 2009

Notícias do Acampamento

Tentando cumprir a promessa do meu último post, vou falar da minha aldeia.
Pois bem, sabe aquele amontoado de adolescentes que estavam acampadas em frente
ao Vivo Rio durante a semana?
Elas ainda estão lá, como diria Nelson Rodrigues, firmes como o Pão de Açúcar.
Hoje em maior quantidade.
Por conta da chuva, estabeleceu-se um contraste: de um lado as menininhas arrumadinhascom uma mãe supervisora (santa mãe), e do outro, mendigos enrolados em cobertores e sacos
plásticos. Ambos embaixo da marquise do Vivo Rio.
Eu, pra variar, atrasada "pruma" reunião, hesitei em parar para perguntar o que se passava ali.
Mas, como o meu dia é de sorte, uma das menininhas caminhou junto comigo.
Ela estava indo comprar um lanche. Ordenou a uma das amigas:
- Vigia minhas coisas que eu já volto.
Aproveitei e perguntei o que aconteceria ali. Ela foi taxativa:
- Show do McFly.
Ri internamente. Como eu suspeitava, a razão do acampamento era a banda inglesa.
Perguntei o que era McFly e ela respondeu me deu a informação de que se tratava de jovens
ingleses.Deduzi que eram bonitos, perguntei e... na mosca.
Daniela me disse que as fãs estão ali desde a semana passada. E que fazem revezamentos diários.
Afirmou que achava uma bobagem essa espera e que só apareceu lá hoje.
Detalhe importante: o show é no sábado à noite.
Imaginei que estivessem ali para a passagem de som. Engano meu.
Segundo Daniela, elas querem ficar na grade. Mas triste, ela me disse que já tinham 150 pessoas
na sua frente devido ao revezamento e, que certamente será inútil seu acampamento no frio.
Ri, achei graça, lembrei dos meus tempos de fanatismo por bandas. O quanto eu quis ir ao Rock in Rio
em 2001 e meus pais não deixaram.
Pensei: loucura deixar a vida de lado pra acampar por causa de uma banda inglesa.
Mas loucura mesmo sou eu pensar que isso não tem seu valor. Essas meninas vão rir do que
fizeram daqui a alguns anos, mas terão histórias pra contar.
Resolvi averiguar se os tais meninos valiam a pena. Até que são engraçadinhos,
mas nada que me fizesse acampar. Não aos dezenove anos.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Notícias da Aldeia

Esse negócio de estudar jornalismo anda cada vez mais complicado.
Vejam vocês.
As notícias do jornal O Globo de hoje, são as primeiras páginas de portais da internet
de ontem.
É claro que a credibilidade é discutível. O que está impresso está documentado, inalterável.
Está ali para quem quiser utilizar como prova de um fato, de uma acusação, de um informação.
Serve pra pesquisa, a confiança é maior, a revisão de texto é melhor.
Na internet vemos sempre algo escrito errado, até mesmo por digitação e não por burrice.

O fato é que nesses portais eu dou de cara com notícias do mundo inteiro.
Sei que uma escocesa fora dos padrões é favorita no Britain`s Got Talent, que perdoem a
ignorância, eu nunca nem tinha ouvido falar.
Sei de casos de pedofilia em todas as partes do mundo. De professores que se divertiam
transando em uma escola em Londres e que foram pegos em flagra. Sei que Hong Kong celebra
festival anual aquático entre outras coisas.

Ok. Uma menina de 17 anos se suicidou no meu bairro faz duas semanas e eu só fui saber
porque uma amiga passou lá na hora em que um grupo de curiosos se amontoava em volta do
corpo.
Tudo bem. Você pode argumentar: suicídio não se noticia, isso é regra habitual do jornalismo.

Vamos lá: caminhando para o trabalho essa semana vi um grupo de meninas acampadas em frente
ao Vivo Rio. Não entendi nada. Pensei: meu Deus, quem é o astro que vem pro Brasil?
Procurei na internet e nada.
Hoje, novamente, passei pelo mesmo lugar e lá estavam algumas criaturas (nào mais aquelas de
terça-feira) também acampadas ali.
Queria parar, perguntar, fotografar e fazer uma matéria.
Mas estava atrasada e precisava chegar no trabalho.

Esse é só um exemplo, mas passo diariamente por uma série de acontecimentos que não são noti-
ciados. Perdi a conta de quantas vezes eu falei pra mim mesma: Ah, se eu tivesse uma câmera aqui!
Talvez nem precisasse, bastava apenas ir lá, apurar, perguntar, chegar em casa e escrever.

O Ctrl+C Ctrl+V não tem permitido coisas assim.

E a correria também não.

Vamos ver se eu tomo tenência e posto, ao menos uma vez por semana, notícias da aldeia, não da global,
mas da minha aldeia. Se é que isso existe.

Ah, só pra constar, descobri que um tal de McFly está vindo aí. Seria essa a razão do acampamento?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tudo volta

-que tudo se foda,
disse ela,
e se fodeu toda


Paulo Leminski

Achei um blog com vários poemas do Leminski.

http://pauloleminskipoemas.blogspot.com/

Nos tempos áureos que eu tinha tempo de ver TV (talvez nem tão áureos assim, já que atualmente
só tenho Tv aberta) sempre tinha poemas dele na TvBrasil.

No mesmo blog, tem um vídeo lindo dele. Ele vocifera a importância da linguagem, o quanto as palavras
podem ser o pão de cada dia das pessoas.

Ele foi, com certeza, alguém que se dedicou imensamente às palavras, tanto que sabia usá-las com mestria.

O melhor de tudo é que em poemas curtos ele sabia ser enfático, tanto sobre o raso, quanto o profundo.

Esse que eu resolvi colocar é engraçado, mas não mentiroso.

Ser blasé, ou mandar tudo pro espaço, fingir que não se improta, ou de fato, não se importar, é tranquilizante.
Instantaneamente.
De modo raso.
Mas tudo volta, tudo retorna, e aí é f***.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Banalidades

Depois de ficar órfã do meu outro blog, não escrevi muito.
A vida anda corrida, é verdade.
Muitas decisões pra tomar, muito o que fazer, enfim...
Estranha essa sensação de "crescer". De não mais perguntar: Mãe, você acha que eu devo fazer
isso? É claro que já faz um tempinho que isso não acontece, mas quando o assunto é sério
sempre bate insegurança.
Ou até mesmo quando o assunto é chato. Como por exemplo trocar a resistência do chuveiro que
queimou.
Eita, como é chato.
Mas, quem disse que viver é fácil, né?
Temos que encarar os fatos.

Tenho pensado muito sobre o corre-corre, o tempo. Mas nesses últimos dia, tenho me sentido
estranhamente bem, muito embora, cansada.


Tanta coisa no mundo.

"As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender"

-- Paulinho da viola --

Twiiter do espaço, câmera da Nasa: http://www.nasa.gov/multimedia/nasatv/index.html

Gripe suína: O melhor é o festival de piadas sobre o vírus.

No twitter dá pra se divertir bastante com isso. É o jeito, né?
Neste mundo insano, as doenças sempre chegam com tudo e as pessoas baixam a guarda pra elas.
Há quem goste de ficar doente.

Muitas notícias, tudo repetido.
Contrapondo o Moska, "Nada novo de novo".

Fico tentando preservar o meu bem-estar (passageiro) quanto às sem-gracisses do mundo.
Ainda há o belo, não é mesmo?

Pra quem gosta de boa música, hoje tem TERNO CARIOCA, às 19h, de graça, no BNDES. Como eu
não posso ir, aproveitem!

Amanhã tem Marcelo Lehman, às 20h, no Espaço Rio Carioca. Vale a pena.

Eu não vou, tem gravação.

Mas depois, tem Pedro Luís no Circo!! Abertura do Doces Cariocas,
participação do Moska e ainda Fino Coletivo. Lá estarei, para aliviar a tensão semanal.

"O samba é o melhor remédio pra quem quer viver".

Meu conceito de utilidade tem se esvaído muito. E é por isso que meu post de hoje, vai ser
assim, inconsistente, raso, lugar-comum.

Nada de muito crucial me assola no presente momento. Então o ideia é relaxar.

Um beijo e um queijo, cheddar!haha

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Caiu na rede, é peixe

Opa, meu blog antigo foi removido, explico:


Quando criei, acidentalmente estava logada no email do projeto da rádio.
Como já estava criado o blog, continuei entrando com o login/senha do projeto.
Mas, depois muitas reuniões, a rádio chegou ao fim e estamos somente trilhando a Web Tv.
Alguma alma caridosa do grupo excluiu a conta. Então meu blog foi para o espaço e tudo o que havia nele. Como tudo o que eu escrevi por lá é poeira no vento, tá tudo certo.
Não vou reclamar por umas bobeirinhas que escrevi aos 19, não é mesmo?
Ok, queria o texto da dama do lotação, mas o lance é exercitar o desapego.

Vim só dar oi, nada de mais por hoje.
Primeiro de maio, dia de descanso. hehe

Um beijo pros fantamas internautas.