segunda-feira, 1 de junho de 2009

Notícias da Aldeia III

Nossa,

Eu disse que traria notícias da minha aldeia.
Nesse fim de semana realmente vi coisas inacreditáveis, quanto pro bem, quanto pro mal.
Na sexta-feira indo pro trabalho, vi uma cena que se repete várias vezes.
Um ônibus andando com a porta aberta. O veículo da Linha Vila Isabel x Leblon (438)
abriu a porta na Glória e foi assim até a passarela do MAM.
Um absurdo. Aliás, absurdo maior é que em cima da porta havia uma viso assim:
"Para sua segurança, este veículo só se locomove com a porta fechada."
Não fosse esse tipo de deslize, no mês de março eu não teria caído do ônibus em uma via expressa
após fazer sinal quatro vezes para que o motorista parasse no ponto. Ele freou bruscamente,
parou numa via expressa e eu caí.
Por um triz, um táxi não me atropelou. Rasguei a calça e só não me machuquei gravemente (só tive alguns ralados)
porque portava uma mochila cheia de roupas que amorteceu a queda.

Outro fato que acontece diariamente é o aproveitamento das passagens.
Cobradores aproveitam a falta de câmeras dentro dos ônibus para ganharem dinheiro.
Os passageiros ficam na parte da frente, não passam na roletam, pagam a passagem e descem pela porta da frente.
Das primeiras vezes que isso aconteceu comigo, eles justificavam: "Passou um bêbado
que me deu um calote." Eu concordava. E ficava ali na frente numa boa.
Depois fui percebendo o qaunto isso se tornava cotidiano, principalmente de noite,
quando quase não há fiscais nos pontos de ônibus.
Aí vejo o contraste:
Quando volto de viagem com uma mochila gigante, entro nos ônibus de uma outra linha
que tem câmeras e nem posso dar a volta pra deixar a mochila. Tenho que passar com
aquele trambolho pela roleta.
Paro pra pensar: será que essas pessoas que estão roubando suas empresas não vêem o
quanto isso prejudica a sociedade como um todo. Porque se o dono da empresa não obtém
o lucro planejado no fim do mês, é óbvio que ele vai querer aumentar a passagem.
Agora, parece que as pessoas não têm noção disso. Não pensam que os filhos, os familiares
e eles próprios em outras ocasiões utilizam o mesmo transporte público.
Pagamos em média R$2,20 por trechos ridículos.
Eu agora me recuso. Quando me oferecem ficar sentada antes da roleta, digo que quero
passar! Ora, se formos froxos nada funciona, não é mesmo?


Enfim, outro fato da aldeia.Sábado fui assistir um trio de choro no restaurante
Espírito Santa, ali na Rua do Lavradio. Caramba, que música linda! Fiquei tão contente
de estar ali. Mas por outro lado, foi decepcionante. Só estávamos eu e uma amiga lá.
No restaurante da frente um samba (se é que se pode chamar de samba aquela muvuca)
comendo solto e um bando de gente cantando e bebendo. Nós, no maior respeito, nem conversávamos
para apreciar o pandeiro, o violão de sete cordas e a flauta.
Como o choro é pouco apreciado. Conversando com o pandeirista, ele me disse que nem
sempre é assim: outro dia um senhor atraído pelo som, sentou lá e ficou encantado.
Na Páscoa voltou com uma caixa de Ferrero Rocher para cada instrumentista!
Achei tão bacana!! Podia sempre haver um ato de valorização nesse estilo.
Aproveito para divulgar. Aos sábados, às 13h30, no Espírito Santa da Rua do Lavradio.
Facinho de chegar, ou pela Praça Tiradentes (mais perto) ou pela Mem de Sá!
Vocês merecem assistir Gabriel, João e Maria!

Coisa boa: Show dos Matutos foi bom demais!!!!

Tinha muitas coisas pra falar hoje, mas confesso que estou meio zonza com a história
do Air France!

Então fico por aqui!

Até!

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